Fernando Seabra Analisa Derrota do Cruzeiro na Bombonera

 

Fernando Seabra Analisa Derrota do Cruzeiro na Bombonera


Após a derrota por 1 a 0 para o Boca Juniors na Bombonera, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, o técnico do Cruzeiro, Fernando Seabra, ofereceu uma análise detalhada do desempenho de sua equipe. Mesmo com o resultado adverso, Seabra demonstrou otimismo em relação às chances de reverter o placar no jogo de volta, em Belo Horizonte, e reconheceu a necessidade de ajustes, especialmente no setor ofensivo.

Primeira Etapa: Domínio Incompleto

Seabra iniciou sua análise destacando que, no primeiro tempo, o Cruzeiro conseguiu manter um bom ritmo de jogo, impondo-se diante do Boca Juniors. A equipe mineira conseguiu quebrar a pressão dos argentinos em diversos momentos, avançando com a posse de bola no campo adversário e recuperando rapidamente a bola após a perda. Contudo, apesar de conseguir manter o controle das ações, faltou ao Cruzeiro transformar esse domínio em chances claras de gol.

O técnico reconheceu que, embora o Cruzeiro tenha sido superior em termos de posse de bola e pressão ofensiva, essa superioridade não se traduziu em oportunidades reais de finalização. “No primeiro tempo tivemos mais quebras de pressão do Boca, conseguimos construir e entrar no campo de ataque com bola, recuperar mais bolas no campo de ataque, pressionamos bem a saída deles e nos impusemos mais no campo do adversário. Poderíamos ter criado mais oportunidades de gols,” disse Seabra, refletindo sobre as dificuldades da equipe em converter sua posse de bola em chances claras.

Segundo Tempo: Pressão do Boca e Ajustes Tardios

A análise do segundo tempo foi mais crítica. Seabra admitiu que o Boca Juniors conseguiu se reorganizar e impor uma pressão mais eficiente, afastando o Cruzeiro de seu próprio gol e criando dificuldades nas laterais do campo. Como resultado, o time argentino conseguiu um maior volume ofensivo, pressionando com escanteios e jogadas laterais, o que resultou no único gol da partida.

Seabra mencionou que a equipe celeste demorou a ajustar seu posicionamento defensivo, o que permitiu ao Boca controlar o jogo durante grande parte do segundo tempo. Foi apenas nos 15 minutos finais que o Cruzeiro conseguiu retomar parte do controle, embora sem sucesso em criar oportunidades claras de gol. “Demoramos para conseguir no segundo tempo ajustar os posicionamentos que nos permitissem voltar a ter mais controle e empurrar o adversário pro seu campo,” afirmou o técnico, apontando a falta de clareza nas movimentações ofensivas como um fator limitante para a criação de jogadas.

Ajustes Necessários no Setor Ofensivo

Uma das principais preocupações de Seabra após a partida foi o desempenho do setor ofensivo, que novamente passou em branco. Ele destacou que são necessários ajustes específicos para que o Cruzeiro consiga criar um volume de ações ofensivas maior, capaz de gerar as chances de gol necessárias para reverter o placar no jogo de volta. Seabra mostrou-se confiante de que, jogando em casa e com o apoio da torcida, a equipe tem plenas condições de buscar a classificação para a próxima fase.

“É importante se ajustar ofensivamente para ter um volume de ações maior que nos permita criar as chances que precisamos para classificar. Estamos otimistas. Saímos daqui com uma derrota no placar mínimo. São dois jogos, está na metade e vamos decidir em casa com a nossa torcida,” disse o treinador, ressaltando a importância de aproveitar os movimentos de ruptura entre zagueiro e lateral, algo que, segundo ele, foi tentado mas não executado de forma eficaz na Bombonera.

Perspectivas para o Jogo de Volta

Seabra destacou que a equipe possui diferentes opções táticas que podem ser exploradas no jogo de volta, mas enfatizou que, independentemente da formação escolhida, o mais importante é que os movimentos de ruptura ocorram de forma sincronizada, permitindo que as ações ofensivas sejam mais eficazes. Ele relembrou que, durante o Campeonato Brasileiro, jogadores como Verón e Arthur vinham executando esses movimentos de maneira eficiente, o que resultava em uma maior criação de oportunidades de gol.

“Da mesma forma que vínhamos fazendo no Brasileiro quando jogavam Verón e Arthur. Eles precisam fazer os movimentos de ruptura entre zagueiro e lateral nas costas do lateral. No primeiro tempo teve uma bola do Matheus Pereira no Arthur que foi marcado impedimento, um lance ajustado,” explicou Seabra, indicando que a equipe já possui uma base tática para gerar essas jogadas, mas que precisa ser ajustada e executada com maior precisão.

Foco na Reversão do Resultado

Ao finalizar sua análise, Fernando Seabra reforçou o otimismo para o jogo de volta, destacando que a derrota por um placar mínimo ainda deixa a classificação em aberto. Ele ressaltou a importância de ajustes táticos, especialmente no setor ofensivo, para que o Cruzeiro consiga aproveitar melhor as oportunidades e busque a virada no Mineirão.

Com a perspectiva de contar com o apoio massivo da torcida no jogo de volta, Seabra acredita que o Cruzeiro tem todas as condições de superar o Boca Juniors e avançar na Copa Sul-Americana. “Agora temos centroavantes no elenco, eles estão trabalhando e se preparando e crescendo a cada dia,” concluiu o treinador, expressando confiança no potencial de seus jogadores para reverter o resultado e seguir na competição continental.

Assim, o Cruzeiro se prepara para um desafio decisivo, onde os ajustes táticos e a capacidade de reação serão fundamentais para determinar o sucesso da equipe na Copa Sul-Americana.

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