Na noite de quinta-feira, 22 de agosto, o Cruzeiro viveu um momento épico no Mineirão, garantindo sua vaga nas quartas de final da Copa Sul-Americana ao superar o Boca Juniors nos pênaltis por 5 a 4, após uma vitória por 2 a 1 no tempo normal. Em um jogo marcado por tensão, reviravoltas e uma torcida inflamada, o time celeste mostrou resiliência e eficiência nos momentos decisivos, levando os torcedores à euforia.
A partida começou com uma expulsão logo aos três minutos de jogo, quando o lateral do Boca Juniors, Luis Advíncula, foi expulso por uma falta dura em Lucas Romero. Com um jogador a mais desde o início, o Cruzeiro se lançou ao ataque e foi recompensado aos 8 minutos, quando Matheus Henrique abriu o placar após aproveitar um rebote de Romero, que havia defendido uma finalização de Juan Dinenno. O gol elevou o ânimo dos cruzeirenses, que passaram a dominar o jogo.
O Boca Juniors, mesmo em desvantagem numérica, não se intimidou e quase empatou com Kevin Zenón, que perdeu uma grande chance ao chutar para fora em uma oportunidade clara de gol. No entanto, o Cruzeiro continuou pressionando e ampliou o marcador aos 20 minutos, com Walace, que marcou após uma cobrança de escanteio rasteira. O segundo gol parecia encaminhar a classificação direta do Cruzeiro, mas o time argentino não desistiu e diminuiu o placar aos 49 minutos, com Giménez aproveitando uma sobra na área para marcar.
O segundo tempo foi uma batalha de nervos. O Boca Juniors, apesar de estar com um jogador a menos, intensificou a marcação, dificultando as ações ofensivas do Cruzeiro. O time celeste, por sua vez, buscava o gol que garantiria a classificação direta, mas esbarrava na defesa argentina e nas defesas do goleiro Sergio Romero. As melhores chances do Cruzeiro vieram aos 15 minutos, quando Matheus Pereira chutou de fora da área e a bola passou rente à trave, e aos 36 minutos, quando novamente Matheus Pereira acertou a trave em uma finalização da entrada da área.
Nos minutos finais, o Cruzeiro quase conseguiu o terceiro gol em uma cabeçada de Arthur Gomes, mas Romero, mais uma vez, fez uma defesa crucial. O empate no agregado levou a decisão para os pênaltis, onde brilhou a estrela dos cobradores celestes, que converteram todas as suas cobranças: Willian, Matheus Henrique, Marlon, Juan Dinenno e Álvaro Barreal. Pelo lado do Boca, o último cobrador, Merentiel, mandou a bola para fora, selando a vitória e a classificação do Cruzeiro.
Com a classificação assegurada, o Cruzeiro agora se prepara para enfrentar o Libertad, do Paraguai, nas quartas de final da Copa Sul-Americana. O time paraguaio garantiu sua vaga também nos pênaltis, após um confronto tenso contra o Sportivo Ameliano. As datas e horários dos jogos da próxima fase ainda serão definidos pela Conmebol, mas a expectativa é que o Cruzeiro continue mostrando a garra e a determinação que o levaram até aqui.
O jogo no Mineirão foi marcado pela emoção e pelo apoio incondicional da torcida cruzeirense, que lotou o estádio com 58.323 presentes, proporcionando um ambiente que, sem dúvida, foi um dos fatores que impulsionaram o time para a vitória. A renda da partida, de R$ 4.596.569,00, refletiu o grande interesse e a importância do confronto, que ficará marcado na memória dos torcedores.
Entretanto, a partida não foi apenas de celebrações. No apito final, houve uma confusão em campo, com jogadores e membros das comissões técnicas de ambas as equipes se envolvendo em discussões e empurrões. A situação foi rapidamente contida, mas demonstrou o quão intensa e acirrada foi a disputa entre essas duas grandes equipes do futebol sul-americano.
A arbitragem da partida ficou a cargo do colombiano Wilmar Roldan, que teve um papel crucial ao controlar a intensidade do jogo e tomar decisões difíceis, como a expulsão de Advíncula logo no início da partida. Os auxiliares Jhon León e John Gallego, também colombianos, e o VAR, comandado por Juan Lara, do Chile, completaram a equipe de arbitragem que trabalhou para garantir a lisura do confronto.
Agora, o Cruzeiro volta suas atenções para as quartas de final, onde enfrentará o Libertad com a missão de continuar sua jornada em busca do título continental. A torcida celeste, certamente, continuará apoiando o time com a mesma intensidade, esperando que a equipe repita as atuações heroicas que a trouxeram até aqui.
Ficha Técnica:
- Cruzeiro: Cássio; William, Zé Ivaldo, João Marcelo, Kaiki (Marlon); Lucas Romero (Barreal), Walace (Kaio Jorge), Matheus Henrique, Matheus Pereira; Arthur Gomes (Arthur Gomes) e Juan Dinenno. Técnico: Fernando Seabra.
- Boca Juniors: Romero; Advíncula, Lema, Rojo, Blanco; Martegani (Figal), Fernández (Belmonte), Medina, Zenón (Medel); Merentiel e Giménez (Saracchi). Técnico: Diego Martínez.
- Gols: Matheus Henrique (8'/1T), Walace (20'/1T) para o Cruzeiro; Giménez (49'/1T) para o Boca Juniors.
- Cartões Amarelos: Zé Ivaldo, Matheus Pereira, Matheus Henrique, Lucas Villalba (C); Blanco, Fernández, Zenón, Giménez, Rojo, Medel (B).
- Cartão Vermelho: Advíncula (0'/1T) pelo Boca Juniors.
- Arbitragem: Wilmar Roldan (COL), auxiliado por Jhon León (COL) e John Gallego (COL); VAR: Juan Lara (CHI).
- Motivo: Oitavas de final da Copa Sul-Americana.
- Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte.
- Horário: 21h30.
- Público: 58.323.
- Renda: R$ 4.596.569,00.
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